A Microsoft prepara-se para duas mudanças importantes no seu ecossistema Windows. Enquanto o popular Windows 10 se aproxima do fim do seu ciclo de vida, o Windows 11 prepara-se para receber uma nova atualização que, curiosamente, se destaca mais pelo que remove do que pelo que acrescenta.
O fim do suporte para o Windows 10 e os riscos de segurança
O suporte para o sistema operativo Windows 10 será oficialmente descontinuado pela Microsoft a 14 de outubro de 2025. Após esta data, os computadores que continuarem a usar esta versão deixarão de receber atualizações de segurança, o que, segundo especialistas como Michael Baars, da empresa de TI InSystem, os tornará vulneráveis a ataques de vírus e hackers. Para saber qual a versão instalada, basta aceder às “Definições”, selecionar “Sistema” e, em seguida, a secção “Acerca de”.
Opções para os utilizadores do Windows 10
Perante este cenário, os utilizadores têm várias alternativas. Para computadores com até quatro anos de idade, a Microsoft costuma oferecer uma atualização gratuita para o Windows 11. O especialista recomenda, no entanto, a realização de uma cópia de segurança (backup) completa dos dados antes de proceder à instalação. Em equipamentos um pouco mais antigos, a atualização poderá necessitar do apoio de um profissional de informática.
Para computadores com mais de seis anos, que geralmente não cumprem os requisitos de hardware do Windows 11, a compra de um novo equipamento é a solução mais recomendada. Em alternativa, será possível adquirir atualizações de segurança prolongadas diretamente da Microsoft por mais um ano, com um custo estimado de cerca de 30 euros. Para os utilizadores com mais conhecimentos técnicos, a transição para um sistema operativo gratuito e de código aberto, como o Linux, é outra possibilidade viável.
Atualização para Windows 11: Poucas novidades e algumas remoções
Em paralelo, a mais recente atualização para o Windows 11, a versão 25H2, não trará quaisquer funcionalidades novas. A própria Microsoft confirmou que esta versão partilha a mesma base de código e funcionalidades da versão anterior (24H2). Na prática, a atualização limita-se a remover duas ferramentas consideradas obsoletas: o PowerShell 2.0 e a ferramenta de linha de comandos WMIC (Windows Management Instrumentation Command-line). A sua remoção não deverá afetar a grande maioria dos utilizadores. Para o segmento empresarial, a atualização traz uma melhoria, permitindo que os administradores de TI removam mais facilmente aplicações pré-instaladas da Microsoft Store.
Instalação rápida e disponibilidade
A natureza modesta desta atualização tem uma vantagem clara: o processo de instalação será extremamente rápido e eficiente. Como as versões 25H2 e 24H2 partilham o mesmo “ramo de serviço” (service branch), a transição deverá demorar apenas alguns minutos e exigir um único reinício do computador. Esta abordagem minimiza também o risco de surgirem novos erros ou problemas de compatibilidade.